107 News

terça-feira, janeiro 23, 2007

Notícias Locais e Regionais
Cemitérios podem estar contaminando água de cidades da Região
Pesquisa realizada em 780 cemitérios do País, entre eles os municipais de Rio Preto, Catanduva e Votuporanga, apontam situações irregulares no processo de sepultamento e maneiras de lidar com os resíduos provenientes da decomposição dos corpos. Essas irregularidades favorecem a contaminção do solo nas proximidades dos cemitérios. O geólogo Lezíro Marques Silva, aposentado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), foi um dos autores da pesquisa realizada entre 1970 e 2006. De acordo com o resultado das pesquisas, a saturação da capacidade de sepultamento, além da idade e má administração, fazem 75% dos cemitérios municipais do País serem responsáveis por contaminação de solo e, conseqüentemente, lençóis freáticos que abastecem poços artesianos particulares, de condomínios e até mesmo de setores públicos. “Fizemos a pesquisa em Rio Preto e toda região. Passaram-se quase 20 anos e a situação permanece a mesma, pois ninguém cobra o cumprimento das resoluções ou fiscaliza a situação”, diz Silva.O líquido proveniente da decomposição dos corpos, expelido de seis a oito meses depois da morte, é formado por 60% de água, 30% de sais (resíduos sólidos) e 10% de substâncias orgânicas biodegradáveis. Esse líquido da decomposição é conhecido como necrochorume e é ele que contamina os lençóis de água. Além de substâncias tóxicas, o necrochorume pode carregar em si bactérias e vírus que causaram a morte da pessoa enterrada. Cada cadáver produz cerca de 40 litros de necrochorume por aproximadamente dois anos. “Como é bastante solúvel na água, há a possibilidade de atingirem o escoamento freático, contaminando-o, podendo atingir grandes distâncias a partir dos cemitérios e serem responsáveis por disseminação de infecções que causam a morte de outras pessoas”, afirma o geólogo.Em Rio Preto, a questão da contaminação dos lençóis freáticos por necrochorume tem sido discutida mais amplamente pela Organização Não Governamental (ONG) Interfórum Global, desde 2004. Segundo a presidente da ONG, Dulce Maria Pereira, os mapas dos recursos hídricos da cidade apontam focos de contaminação próximos a cemitérios. “Não há acompanhamento criterioso disso. Primeiro pela comoção que o tema desperta nas pessoas e também porque há um certo descaso”, diz Dulce.
Cetesb espera denúncia para fiscalizarApenas uma denúncia com o caso comprovado de contaminação faria a Cetesb, a agência ambiental paulista, pedir uma vistoria a qualquer cemitério da cidade. A informação é do diretor regional do órgão, Luís Roberto Neme. A Cetesb é a instituição responsável por fiscalizar os cemitérios, sejam municipais ou particulares. De acordo com Neme, não existe uma ação sistematizada ou esporádica. “A Cetesb só agiria no caso de denúncia. Para fiscalizar, seria preciso perfurar e isso é inviável.” O órgão fiscaliza o processo de implantação dos cemitérios, mas após esse período não há mais atuações. De acordo com o diretor do cemitério Nossa Senhora da Paz, Moacir Antônio Junior, o estabelecimento foi construído há 19 anos e não há qualquer fiscalização por parte da Cetesb desde então. O monitoramento dos filtros biológicos, instalados para impedir a contaminção de solo ou lençol freático, é feito pelo próprio cemitério, segundo o diretor do Nossa Senhora da Paz.A Secretaria de Administração de Rio Preto, responsável por gerir os cemitérios públicos, afirma que foi constituída uma comissão em novembro de 2005 para tratar dos assuntos relacionados à ocupação dos cemitérios na cidade. A comissão assegura que os filtros biológicos são necessários apenas para cemitérios verticais e que as gavetas existentes atualmente nos cemitérios foram feitas com base em normas que haviam na época em que os cemitérios foram construídos. Segundo a comissão, o projeto das novas gavetas obedece às normas atuais. Quanto à contaminação de solo por necrochorume, a comissão espera que sejam apresentadas provas ou elementos para serem analisados. A presidente da ONG Interfórum Global, Dulce Maria Pereira, especialista em meio ambiente, esteve com a reportagem no cemitério São João Batista e assegurou que as manchas encontradas no muro são resultado do vazamento de necrochorume nas paredes. O promotor de Meio Ambiente e Urbanismo, Aparecido Donizete dos Santos, explica que apenas um levantamento de ordem técnica ou uma denúncia que apresente provas poderia gerar uma investigação sobre a situação dos cemitérios na cidade.
Cemitérios públicos poluem maisDe acordo com as conclusões da pesquisa realizada pelo geólogo Lezíro Marques da Silva, as maiores irregularidades em cemitérios são encontradas em instituições públicas porque as particulares são mais recentes, construídas com base nas normas ambientais. O Sindicato de Cemitérios e Crematórios Particulares (Sincep) mantém um grupo em contato com o Conselho do Meio Ambiente (Conama) a fim de estabelecer tópicos praticáveis para as resoluções ambientais que regularizam a instalação dos cemitérios. De acordo com a gerente do Sincep, Maristela Noronha Golçalves Moreira, há uma discussão em andamento para modificar alguns itens da resolução 368, publicada no ano passado pelo Conama. “Acompanhamos a primeira resolução, de 2003, e fizemos o possível para adequá-la à aplicação nos cemitérios.”Maristela assegura que as normas do Conama ainda estão passíveis de mudanças.Para os cemitérios públicos, segundo a gerente do Sincep, é impossível a adaptação à norma ambiental. Ela conta que, na época da publicação da primeira resolução, o prefeito de Biritiba Mirim (SP) decretou que era proibido as pessoas morrerem no município, uma vez que não tinha condições de adequar o cemitério público às normas ambientais. Para Moacir Antunes Junior, diretor do Jardim da Paz, cemitério particular de Rio Preto, as normas do Conama são impraticáveis. O cemitério, de 19 anos, procurou obedecer as normas estabelecidas pelo Conama em 2003, mas ainda aguarda as possíveis mudanças na última resolução, publicada no ano passado.


Câmara Mucipal Realiza Sessão Extraordinária
Dois artigos – 54 e 151 – do regimento interno na câmara municipal de Itápolis, foram alterados na sessão extraordinária da última sexta-feira.
De acordo com o diretor da câmara Flávio Moraes, o artigo 54 que trata da formação das comissões permanentes, os vereadores suplentes também poderão participar das comissões, o que não era permitido antes. Outro item é que cada vereador poderá participar de uma das quatro comissões.
O artigo 151, também recebeu alterações determinando que as sessões ordinárias à partir da primeira sessão no dia 6 de fevereiro sejam realizadas à partir das 19:30 horas.

A Câmara Municipal de Itápolis estuda implantar no Municépio o Parlamento Jovem, composto por estudantes do ensino médio e de sétimas e oitavas séries. O reporter Edson Jr. conversa com o diretor da Câmara Municipal Flávio moraes e tem mais informações

Entrevista de Estúdio
Márcio Gomes - Diretor do SAAEI

Notícias Nacionais
· Insatisfeitos, governadores vão apresentar a Lula propostas para o PAC
· PM procura mulher suspeita de matar filha a facadas em Minas
· Mulher não paga pensão e é presa.

Hoje dia 23 de janeiro de 2007 comemorações e fatos desse dia:
Dia do Rotariano